A Coordenadoria de Memória Institucional (CMI/Sejud), responsável pelo Memorial MPF, preparou, em parceria com as Comissões de Gênero e Raça nos estados, algumas ações em alusão ao Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro.

Com esse intuito comemorativo, trazemos algumas biografias de personalidades negras de destaque na história do Brasil, que foram elaboradas pelas Comissões de Gênero e Raça das Procuradorias da República no Amazonas, Maranhão e em São Paulo.

Para enaltecer a herança cultural e artística, seguem alguns links de museus e exposições voltados para preservação da memória e da arte Afro Brasileira, a partir das indicações feitas pelas Comissões de Gênero e Raça e pela CMI.

Ao final, serão disponibilizadas ilustrações de algumas dessas personalidades para colorir e um jogo de caça palavras.

Essas condutas dão continuidade às ações virtuais lançadas pela CMI desde o fechamento físico do memorial, em março de 2020, em decorrência da pandemia do novo coronavírus.


Luiz Gama

É um dos símbolos da luta abolicionista no Brasil, na qual se engajou política e juridicamente. Nos tribunais, mesmo sem ter o título de advogado à época, Gama defendia, com reconhecida técnica e oratória, os escravos que podiam ser libertados, mas tinham esse direito negado por seus donos – a exemplo daqueles que podiam pagar por sua alforria ou que ingressaram no Brasil depois da proibição do tráfico negreiro. A trajetória de Luiz Gama revela a importância do acesso à justiça, garantia fundamental que, no século XIX, era ainda mais incipiente.

Mais informações sobre Luiz Gama

Dandara dos Palmares

Negra e guerreira, Dandara dos Palmares foi líder estrategista no século XVII, figura importante da luta contra os ataques dos colonizadores no Quilombo dos Palmares (localizado no atual território de Alagoas). Uma das lideranças femininas negras que lutaram contra o sistema escravocrata, Dandara era excelente capoeirista e estrategista, desempenhando papel importante na definição de planos de ataque e de defesa do quilombo, ao lado de Zumbi e de outros guerreiros e guerreiras de Palmares.

Mais informações sobre Dandara dos Palmares

Machado de Assis

Joaquim Maria Machado de Assis, um dos maiores escritores brasileiros, era um menino pobre, neto de escravos, filho de um pintor de paredes e de uma lavadeira açoriana. A Academia Brasileira de Letras é conhecida como a “Casa de Machado de Assis”. A ABL é uma associação de intelectuais, artistas e amantes da literatura, fundada em 1897 no Rio de Janeiro. Machado de Assis foi o primeiro presidente da Academia e teve papel determinante na sua fundação.

Mais informações sobre Machado de Assis

Luciana de Abreu

Nasceu em Porto Alegre, sendo abandonada na Santa Casa de Misericórdia após seu nascimento. Sua pele escura indicava que, provavelmente, ela era filha de senhor branco e escrava, origem da maioria das crianças deixadas no local. Desde muito jovem, Luciana desenvolveu interesse por ler e escrever. Ingressou na Escola Normal em 1869, formou-se professora em 1872 e passou a lecionar em Porto Alegre, tornando-se uma educadora muito conhecida na capital gaúcha. A intelectual sempre criticou a submissão das mulheres e se engajou também em outras causas, como a abolição da escravatura, a defesa da República e o voto feminino.

Mais informações sobre Luciana de Abreu

Esperança Garcia

Aos 19 anos, Esperança Garcia enfrentou todas as barreiras que sua condição de mulher escrava e negra lhe impunham no Brasil do século XVIII e escreveu uma carta para o governador do Piauí, Gonçalo Lourenço Botelho de Castro, denunciando os maus-tratos que sofria e testemunhava em uma fazenda localizada a 300 quilômetros de distância, onde hoje está situada a capital do Piauí, Teresina. Passados 247 anos desde o envio da carta – o documento chegou ao governador do Piauí em 6 de setembro de 1770 –, Esperança foi contemplada pelo Conselho Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PI), in memorian, com o título simbólico de primeira mulher advogada do Piauí, a pedido da Comissão da Verdade da Escravidão Negra da OAB-PI. Sua carta foi considerada a primeira petição escrita por uma mulher no Piauí.

Mais informações sobre Esperança Garcia

Maria Firmina dos Reis

Primeira romancista da literatura brasileira, Firmina foi uma mulher negra nascida no século XIX, em São Luís (MA), na época da escravidão. Aos 22 anos, tornou-se a primeira mulher aprovada em um concurso para professora primária na cidade de Guimarães. Maria Firmina levou muitos anos para conseguir publicar seu primeiro livro com o título “Úrsula” (1859), considerado o primeiro romance escrito no Brasil por uma mulher.

Mais informações sobre Maria Firmina dos Reis



Caça-palavras da Consciência Negra

(clique na imagem para ampliar)

Solução do caça-palavras

Ilustrações para colorir

(clique na imagem para ampliar):